Quando você me olha
Com seu olhar tranqüilo
Sempre diz que falta algo
Ou isto ou aquilo
Você não entende
E se surpreende
Seu olhar já não está tranqüilo
Mas quem tem pressa
Não se interessa
Por questões de estilo
(Questões de estilo)
As vozes oficiais dizem:
"Quem sabe..."
Dizem: "talvez..."
Enquanto os vídeos e as revistas
Mostram imagens sem nitidez
Você se espanta:
"Há tanta coisa nos jornais!"
Mas quem tem pressa
Não se interessa
Em andar rápido demais
(Rápido demais)
Eles têm razão
Mas a razão é só que eles têm
A lâmina ilumina a mão
A lâmpada cria a escuridão
Há muita grana atrás de uma canção
O tempo que nos gera também gera generais
O tempo nunca espera que cheguem os comercias
(Os comerciais)
Nas veias abertas
Da América, menina
Um mar vermelho de sangue
Leva navios piratas,
Negociatas, concordatas,
Candidatos democratas,
Sucos e sucatas
Ternos e gravatas
Secando cataratas e lavando as mãos
Dando a impressão de que
Na areia movediça nada se desperdiça
Comentário : Imagine uma viagem dentro de um trem bala a muito mais de 200 km/h. Com certeza não teríamos a mínima possibilidade de apreciar a paisagem. Que desperdício de oportunidade. E hoje a vida cotidiana é parecida com essa viagem. Vivemos apressados e deixamos passar muitas sutilezas importantes em nossas vidas: pessoas, emoções, experiências. E aonde será que vamos chegar com tanta pressa? Na letra podemos perceber, se lermos com paciência, que o autor nos mostra imagens conteporâneas, que ilustram a distorção de valores que alimentamos: nos alimentamos de imagens voláteis (televisão, revistas de fofocas, etc) e consideramos inócuas e chatas atividades que pedem uma demanda maior de tempo para usufruí-las, como a leitura, um bom papo cheio de conteúdo. Leia novamente as duas estrofes desta letra e reflita sobre elas. E dentro desse tema, faço uma sugestão de leitura: Devagar de Carl Honoré. E lembre-se de que, quem tem pressa, não se interessa.
José Rosa (ZeRo S/A)
Com seu olhar tranqüilo
Sempre diz que falta algo
Ou isto ou aquilo
Você não entende
E se surpreende
Seu olhar já não está tranqüilo
Mas quem tem pressa
Não se interessa
Por questões de estilo
(Questões de estilo)
As vozes oficiais dizem:
"Quem sabe..."
Dizem: "talvez..."
Enquanto os vídeos e as revistas
Mostram imagens sem nitidez
Você se espanta:
"Há tanta coisa nos jornais!"
Mas quem tem pressa
Não se interessa
Em andar rápido demais
(Rápido demais)
Eles têm razão
Mas a razão é só que eles têm
A lâmina ilumina a mão
A lâmpada cria a escuridão
Há muita grana atrás de uma canção
O tempo que nos gera também gera generais
O tempo nunca espera que cheguem os comercias
(Os comerciais)
Nas veias abertas
Da América, menina
Um mar vermelho de sangue
Leva navios piratas,
Negociatas, concordatas,
Candidatos democratas,
Sucos e sucatas
Ternos e gravatas
Secando cataratas e lavando as mãos
Dando a impressão de que
Na areia movediça nada se desperdiça
Comentário : Imagine uma viagem dentro de um trem bala a muito mais de 200 km/h. Com certeza não teríamos a mínima possibilidade de apreciar a paisagem. Que desperdício de oportunidade. E hoje a vida cotidiana é parecida com essa viagem. Vivemos apressados e deixamos passar muitas sutilezas importantes em nossas vidas: pessoas, emoções, experiências. E aonde será que vamos chegar com tanta pressa? Na letra podemos perceber, se lermos com paciência, que o autor nos mostra imagens conteporâneas, que ilustram a distorção de valores que alimentamos: nos alimentamos de imagens voláteis (televisão, revistas de fofocas, etc) e consideramos inócuas e chatas atividades que pedem uma demanda maior de tempo para usufruí-las, como a leitura, um bom papo cheio de conteúdo. Leia novamente as duas estrofes desta letra e reflita sobre elas. E dentro desse tema, faço uma sugestão de leitura: Devagar de Carl Honoré. E lembre-se de que, quem tem pressa, não se interessa.
José Rosa (ZeRo S/A)